Condomínio deve ficar mais caro com o Novo Plano Diretor

Quem acha que itens de lazer, como piscinas, salas de musculação, quadras e outras áreas comuns tem grande peso no valor que é cobrado pelo condomínio, engana-se.
Na verdade, o que tem forte influência na composição do valor pago mensalmente são despesas necessárias para o funcionamento diário do prédio, como pagamento de funcionários, taxas e encargos. Esses gastos correspondem a cerca de 60% do valor final.

Custas com água e luz, manutenção de elevadores, materiais de limpeza, consumo e despesas administrativas ficam em torno de 30% a 35%. O restante, geralmente, é corresponde a benfeitorias e reformas emergenciais.

Na grande maioria dos condomínios o valor dessas despesas é dividido pelo total de apartamentos e variam conforme sua área privativa.

As novas regras do Novo Plano Diretor, que passaram a valer em de 1º de agosto, irão influenciar diretamente no preço cobrado nessa divisão.

Segundo o Novo Plano Diretor, empreendimentos que ficarem localizados fora da área dos Eixos de Transporte, ou seja, “no miolo dos bairros”, terão sua altura limitada a 8 andares ou 28 metros.

Isso quer dizer que, a partir de agora, prédios que teriam muitas unidades para repartir o valor de condomínio terão um número de apartamentos limitados para dividir as despesas. Dessa forma, o preço cobrado mensalmente para a manutenção pode ter um aumento expressivo.

– Veja o exemplo abaixo e entenda melhor:

Em um prédio onde os gastos mensais são de 40 mil reais, considerando que o valor cobrado não é diretamente proporcional, se o total de apartamentos for 100, o valor do condomínio será de aproximadamente R$360,00.

No mesmo empreendimento, se quantidade de unidades for reduzida pela metade, o custo ficará por volta de R$720,00.

Como a limitação de altura e andares dos novos prédios impactará na quantidade de apartamentos que serão construídos em algumas regiões, o valor das taxas de condomínio poderá ficar mais elevado nesses locais.